quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O assassinato de uma jornalista e um cinegrafista durante uma transmissão ao vivo nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (26), teria sido um ato para vingar o massacre em uma igreja de Charleston, no dia 17 de junho, que deixou nove negros mortos.

 A informação é da rede ABC, que diz ter recebido na última terça-feira (25) um fax de 23 páginas assinado por Bryce Williams, pseudônimo do atirador Vester Lee Flanagan. Após ter baleado a repórter Alison Parker, 24, e o cinegrafista Adam Ward, 27, o homem de 41 anos tentou cometer suicídio.

Ele ainda foi encontrado com vida pela polícia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital da Virgínia, estado onde fica a cidade norte-americana de Moneta, palco do crime.

Polícia confirma morte de atirador de Virgínia
Novas imagens mostram, na íntegra, momento em que atirador se aproxima das vítimas na Virgínia

"Por que eu fiz isso? Eu paguei o depósito pela pistola em 19 de junho. O tiroteio em Charleston ocorreu em 17 de junho. Aquilo que me deixou fora de mim foi aquele tiroteio, e nas minhas balas eu escrevi as iniciais das vítimas", diz o fax de Flanagan.

No mesmo documento, o atirador afirma ter sofrido discriminação racial, abusos sexuais e bullying no trabalho.

— Eu tenho todo o direito de estar irritado, o massacre de Charleston foi a gota d'água que fez transbordar o copo.

Flanagan já havia indicado em sua conta no Twitter que o crime poderia ter tido motivações raciais.
"Alison fez comentários racistas e foi contratada depois disso?", questionou, referindo-se à repórter assassinada, que tinha apenas dois anos como formada.

Ela e Ward faziam uma transmissão ao vivo em um shopping para a emissora WDBJ7, a mesma para a qual seu carrasco havia trabalhado anteriormente. A dupla foi alvo de ao menos sete disparos, mas a mulher que estava sendo entrevistada não ficou ferida.

Fonte: Gospel Prime